O Melhor Treino de Final!

 

“ Em fevereiro de 1942, José Raul Capablanca, o genial mestre cubano, através dos microfones da RCA Victor, da National Broadcasting Company, divulgava para o mundo hispano umas lições de xadrez, que vieram a ser seu último trabalho, já que um mês mais tarde os enxadristas do mundo todo tiveram que lamentar a morte do glorioso Capablanca, ocorrida em Nova York. Nossa revista Ajedrez Espanhol publicou aquelas lições, e, pese às numerosas imperfeições com que foram transcritas, era possível apreciar o sentido profundamente didático que as informava.”

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Logo no primeiro diagrama, discordei da avaliação feita por Capablanca, onde ele diz que se as brancas jogam, as brancas “podem” ganhar, e eu achei que o final era empate.

Surgiram então as dúvidas:

Será que Capablanca errou na avaliação da posição? Tudo é possível numa aula ao vivo, num estúdio de rádio …

Será que houve um erro na transcrição do livro nesta parte?

Será que as minhas análises estão furadas?

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Independente destas dúvidas, segui o conselho de Capablanca: “Nossos leitores farão a coisa certa propondo-se estudar com cuidado este final simples que expusemos e também devem lembrar bem os princípios enunciados e dar-se conta exata do “modus operandi”. Este final simples encerra os princípios de maior valor em relação às manipulações dos peões, e isto é de absoluta necessidade para os amadores que desejam seguir o bom caminho.”

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Esta recomendação me intrigou! Por que o genial Capablanca pediria, por duas vezes neste livro, uma dedicação especial a um final simples?

Analisei detalhadamente o final, mas nunca submeti essas análises a outras opiniões; com a chegada dos programas de computadores, descobri um jeito prático e seguro de validar estas análises, primeiramente com o Chess Genius, depois com o Fritz e recentemente com o fortíssimo Stockfish.

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Minhas recomendações, para jogadores que pretendem competir:

– faça um estudo detalhado, e anote as variantes com a sua avaliação, inicialmente sem computador! A seguir faça uma análise detalhada usando seu programa; compare as duas e compare com as minhas anotações.

– algumas variantes são espetaculares e dão um toque especial a este final simples, provando que no xadrez nem tudo é tão simples quanto parece! Os adversários do Magnus Carlsen que o digam …

– esta é uma tremenda oportunidade de se auto-avaliar, de descobrir sua capacidade de análise, sua capacidade de trabalho e especialmente a sua determinação em progredir.

– após realizar este trabalho, você terá subido um degrau rumo ao seu aperfeiçoamento.

Se não pretende competir, também aprenderá muito, fazendo parcialmente este trabalho.

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Conclusão:

O que importa é que o grande Capablanca sabia o que estava falando ao recomendar um estudo aprofundado deste “final simples”; aposto que você daqui a 10 anos, 30 ou 50 anos como eu, ainda vai curtir este “final simples”!

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Fonte de consulta: livro “Lições Elementares de Xadrez”, traduzido do original “Lecciones Elementares de Ajedrez” – de Jose Raul Capablanca.

 

Competidores – analisar o final

Não Competidores – ver algumas variantes

 

PDF –  O Final

.PGN – O Final

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Analises do Final

 

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